domingo, 10 de outubro de 2010

Desordem

Escrevo como quem joga um papel ao vento. As palavras voam e caem ao acaso em alguma folha do caderno. Não mais simetria, não mais ordem cronológica, nem no que escrevo, nem na minha vida. Pulo as folhas do caderno para escrever hoje o que poderá ficar para trás ou adiante do que escreverei amanhã. Não é assim a vida? Sem sentido, sem presente nem futuro? Só o passado é certo. E, ao final, tudo será passado, não importa quando tenha acontecido.

Quero aproveitar o dia de hoje ao máximo. Não sei quando estarei novamente tão triste. Sinto que já alcancei o fundo gelado e viscoso do poço. Agora, então, começa a escalada para tentar a subida. Já sei que vou conseguir. E vai ser rápido. Porisso hoje quero registrar toda esta tristeza, a mais completa solidão deste sábado, 14 de maio de 2009.

Postado em 10/10/2010

2 comentários:

  1. É no lodo do buraco que a gente consegue ouvir os barulhos sussurrados e enxergar as luzes brilhantes que abrem o nosso cérebro... são daí mesmo que saem os melhores pensamentos.
    Te atira Sandrinha!

    bjs

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    1. Concordo totalmente contigo, amigo!!! Obrigada por ter lido a minha crônica.

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